Processo deve ser aberto, transparente e inclusivo para evitar novas dissidências militares

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) cumprem hoje o terceiro dia da suspensão, por uma semana, das perseguições e investidas contra membros da Junta Militar da Renamo responsáveis pelos ataques armados nas províncias de Sofala e Manica. A trégua unilateral de sete (7) dias foi anunciada no sábado, 24 de Outubro, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, com o objectivo de abrir caminhos para um diálogo entre o Governo e o grupo dissidente da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique.

O Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) aprecia a decisão do Presidente da República de criar condições para o início de diálogo com a Junta Militar com vista a pôr fim aos ataques armados que já causam a morte e ferimento de dezenas de civis, deslocação de milhares de famílias e destruição de património público e privado. Ainda assim, o CDD entende que o processo negocial entre o Governo e a Junta Militar deve ser aberto, transparente e inclusivo para evitar o surgimento de futuras dissidências e vagas de instabilidade político-militar na região centro do País.
Ao contrário do processo negocial que culminou com a assinatura do Acordo de Paz Definitiva e Reconciliação Nacional de 2019, desta vez as negociações devem envolver mais actores relevantes da sociedade, incluindo órgãos de soberania de natureza representativa, como é o caso da Assembleia da República. A discussão de assuntos de Estado e que dizem respeito a todos os cidadãos moçambicanos não pode continuar a ser um privilégio de quem detém o poder e de quem apresenta uma contestação. Na verdade, a Junta Militar, mais do que um problema da Renamo, tornou-se num problema do Estado a partir do momento em que começou a lançar ataques armados contra civis em Manica e Sofala, sobretudo nas Estradas Nacionais Nº 1 e Nº6.

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